Toco-te, esfumas-te. Sonhei que voavas para mim.
Prometo agora uma vez mais, de olhos abertos, não os voltar a fechar. Em sono nenhum inventar-te. E, se me cruzar contigo, não terei memórias de quem és!
Penas pousam sobre mim, ainda agora.
Serás um pássaro, talvez. E eu, um inverno do qual te ausentarás em procura de novas primaveras.
O primeiro nevão levou de mim o canto que me fez olhar-te e me emudeceu.
Outros virão e no degelo, serei água na ânsia da sua sede.
Fico. Assim.
brilhante poema... gostei muito!
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