abriste-me a porta das despedidas.
no tempo tenro, ainda, de te saber.
e eram já muitas as histórias que me afloravam os lábios
à chamada do teu nome.
até aquelas que ninguém sabia
porque dentro de mim ficavam
nas vontades de acontecer.
foram as tuas mãos nos bolsos e o sorriso que não te vi
que ficaram na última fotografia.
era natal. pela última vez.
(agora quando jesus nasce, tu morres-me outra vez.
repetidamente.)
como se eu não tivesse crescido
e tu ficasses perdido num tempo de ausências
que não sei onde fica.
por muito tempo esperei pela noite.
esse quarto escuro onde sem medo voltavas para mim.
e era tudo mentira.
voltavas a sorrir e eu valsava de novo
com os meus pés sobre os teus.
agora
a par com a tua,
abriram-se outras despedidas
portas que ainda não sei fechar.
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