este inverno colhe-me nos olhos incertezas. nada que a eles se estranhe. no variar dos dias. embora o relógio do sol lhe acerte os ponteiros. ainda que o desacerto por nossas mãos continue.
e nada sei dos caminhos que tantas vezes fiz. agora arredados das minhas vontades. tardios nos sonhos. que ainda me atrevo a deitar na almofada onde se aninham. antes de se fazerem. por minhas mãos. tantas vezes decepadas. na secura de não os fazer crescer.
jardim cruel. este. onde só as incertezas crescem. adubadas por quem não tem nas mãos o trigo. e só lhe sobra o joio.
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