Não bebo água, dizia-te. Muito pouca, só raramente o faço. Mas as tuas palavras e as que dos outros me trazes, dessas, estou sempre sedenta. Mergulho nelas, até. Exercícios de apneia que me fazem crer que é sempre possível mais. Para além de tudo que afinal não sei. Porque me tocam e acariciam como se fossem, de tule, transparentes, desvendando segredos ainda não inventados.
(Imagino-te dizendo-as. Mas, preferia mesmo que mas lesses com a ponta dos teus dedos.)
há coisas em mim que te esperam
mas as esperas todas morrem
gostava que fossem em ti.
...e hoje não quero ser corpo e assim sendo que nada desejes de mim para além daquilo que deixo sempre que parto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário