sábado, 19 de janeiro de 2013

a tristeza


 rugia um vento forte. a chuva era nascente de tumultuosos rios. e o mar agigantava-se no areal que diminuia. e de tudo sabia pelas vozes que, altas e temerosas não ensurdeciam as que dentro de si corriam.

a tristeza é uma tempestade onde as palavras se debatem em pedidos de socorro que nunca vêm. porque não se dizem. engolem-se em dílúvios imprevistos, em úteros feitos de pó.

e de barro, molda-se o sorriso, na raiz da lágrima.

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