os mortos batem-me à porta. vivos. acesos nas minhas mãos. inteiros aos meus olhos. e sou porta aberta. casa sua. morada para sempre deles. não há partidas quando não se vai. não há regressos quando se fica. e a casa abarrota de tanta ausência.
não sei de que lado batem. se de dentro, se de fora. mas os meus ouvidos não deixam de os ouvir. e acho até que no meu coração vivem mais corações. que ele bate por mil.
são os meus mortos, que me querem bem. penso eu.
quarta-feira, 19 de abril de 2017
Os mortos
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