quinta-feira, 13 de setembro de 2012
não me apetece falar de amor
não me apetece falar de amor
nas horas apertadas
da fome que me entorpecem
os gestos.
na fúria que me cresce
em vazios semeados
por vozes que ditam tempos
de terras ao abandono
de quem as queira
roubar.
vai-se embora desta terra
o sangue que lhe corre nas veias.
desfalece nos meus braços
a esperança
da semente que noutros
lugares, faz plantio.
morre este povo,
em pedaços, retalhado.
a cada hora abatido
de ser gente, ser inteiro.
na casa onde nasceu.
não me apetece falar de amor
e tanto amo, esta terra!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário