quarta-feira, 24 de julho de 2013

outro rei

agora mesmo. na dor rasgada do baixo ventre o grito espantado desta aurora. nove meses contados nos magros dias. depositados na fria banca deste futuro tardado. que os dias melhores morreram de esperas calcinada. em esperanças esguias que o chão comeu. onde a fome cresce e nenhum fruto abunda. só esta barriga, agora vazia. a cravar gente aflita onde as promessas são o pão que o diabo amassou. sem fermento. azedas. infecundas.
caminhos tortos que se esquecem de nós. no brilho fugaz de reis menores.

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