segunda-feira, 1 de outubro de 2012

barco serei





barco serei
nesse rio que desce 
pelas cordilheiras, tecidas 
no teu rosto. 
descerei
à doca onde teus lábios 
me esperam, 
levar-te-ei o voo das gaivotas 
que vi nascer nos teus 
olhos.

dirás 
que os meus cabelos 
têm o cheiro do sal,
quando tos pousar 
no peito. 

saberás
que estas ondas
ode teus dedos, afundas
são filhas do (a)mar.

e uma alma marinheira
não faz senão 
navegar

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