dias e dias, contados,
a somarem-se onde não me vês
mais.
meu corpo,
cansado, de pedir o teu
nesse gesto mudo,
perdido entre nós.
corre
um rio sedento
das águas que nascem,
paridas de ausências
semeadas.
apagou-se já
a luz
no farol dos teus olhos
e não pousam mais gaivotas
neste cais.
é hora de partir.
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