sábado, 23 de julho de 2011

É para lá que vou


Nada mais a fazer. Improvável recomeçar.
Esvaziar-se das histórias, mesmo sem pontos finais. Largar as mãos que antes se tocavam.
E nas lágrimas que agora correm, só um destino se faz. Longe do mar da tua boca, secam na sombra dos meus lábios. Sabor tépido, a sal.
Quando as lágrimas secam, incendeiam-se ,são fogueira e clarão mais e mais intenso. Calá-las não seca a nascente, mas revolve as entranhas do peito.
São então lava dum vulcão que nunca adormeceu.

É preciso abandonar o sítio a que pertencemos.
Há ainda lugar, algures...

É para lá que vou!

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