Teus braços estendidos, eram ramos onde me deixei acolher. Da brisa que por mim passava julguei carícias e sonhei murmúrios que de ti vinham. E quando o sol me beijava eram os teus lábios que via nos meus. Folha a folha construí um ninho tecido nos sonhos que de ti fiz.
Um dia acordei, rompi as teias da ilusão. Abri as asas que ainda ninguém me tirou e voei de ti.
O orvalho da manhã teve sabor a sal.
O pó do deserto soube-me por dentro. Até ao voo picado no mar que me esperava.
O meu mar.
E fui peixe para que nunca mais me vissem lágrimas.
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