quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
além do frio
não lhe ficou nada nas mãos. além do frio. e aquele peso agora inútil de nada mais poder acrescentar às coisas feitas. as palavras arredias perderam-se para sempre. e sempre era uma eternidade. agora no frio das mãos. a colher a água que um corpo triste amontoa. e é tanta que não cabe e sobeja. em tempestades. a que chamam dores.
agora sabe das coisas. de muitas coisas que dantes lhe pareciam longe e agora lhe moram dentro. na palma da mão. vazia de tudo. e cheia do frio de não ter nada.
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