segunda-feira, 1 de abril de 2013

medos


uivam como lobos famintos de carne. putrefata. os medos. com que te embrulhas. e te atam os gestos ocultos. na cegueira que a noite traz. ensurdecem-te as palavras que já não sabes. e eram luz. onde um farol adormecido jaz. aconteces onde morre o dia. no soluço inevitável de quem respira. mesmo a medo. e se denuncia. em silêncios que mergulham no abismo.

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