quarta-feira, 10 de abril de 2013
um dia
dia de me sorrires e estenderes a mão. graciosamente. como se todos os dias começassem hoje. aqui e agora. no momento que fazemos eterno, sendo do tamanho que os teus lábios têm. a fazer a curva que tão bem desenhas. e dizes-me que não te ajeitas com os pinceis. ora, se pintas quadros, como nunca vi em lugar nenhum! e encosto-me ao espanto que sobeja dos meus olhos, arregalados no brilho dos teus. a toda a hora. até nos dias comprometidos de coisas avessas às cores com que me vestes o olhar. faminto de esperança.
longe dos dias em que me deixarás nos olhos, rios. vazios. e me faltas. quem pintará então barcos nesse caudal que não sabe onde morar?
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