sexta-feira, 23 de novembro de 2012

assim, sou eu




numa mão, um saco cheio.
de ilusão.
na outra,
um saco cheio, da falta
enorme
do pão.
ao espelho, devagar
sumir a pó branco
a dor.
colorir o riso
onde mora a lágrima
e fazer do desajeitado gesto
o bailado
mais feliz do universo.

assim, sou eu.


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