meus dedos são ralos
na pele do dia
que me atravessa o corpo
ainda nu
a despertar trôpego
da vencida noite
onde os sonhos
se perdem onde os encontro
neste mesmo rio
onde afundo
as mãos e me despeço
de quanto já se foi
enquanto escrevo
pelos dedos (ralos)
que tudo deixam
escapar
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