que pássaros terão levado de mim, as memórias que me fazem arder os olhos para assim, a doer deixarem verter esse mar de angústias apertadas no sufoco de não ter onde desembarcar?
talvez respire há muito o vapor desse whisky que já nem lembro o cheiro por me ter feito secar muitos mares. em tempos que agora procuro e nem sei porquê.
temo ter-me já habituado a perder. saber mais certo deixar que encontrar. e viver dia a dia na possibilidade de tudo e nada acontecer, mas pelo frágil momento de nos passar pelas mãos. nada mais.
e nesse desassossego. sou o que o tempo me traz e leva, inconstante, constantemente. without regrets.
e as saudades, são um país onde não moro.
mas, também chove dentro deste arritmado peito. da mesma forma que faz sol nos meus olhos mesmo que brilhe o sal de alguma lágrima.
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