houve um tempo escuro, de segredos feito.
de palavras cortadas
onde a raiz vingava. a força acorrentada de gente
sem nome. por nomes maiores que em silêncio gritavam.
um tempo fecundo que pariu abril
num campo de cravos que apodreceu.
houve.
há no ar este cheiro fétido que enraivece os homens,
desfeitos os dias por que se fizeram.
e esta loucura das palavras ocas
quando um povo inteiro, está a morrer.
há.
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