E precisam dos gestos. Do caminho cruzado que procuram os olhos. Os nossos.
É verdade o que me dizes? Perguntas-me nas pequenas e enxutas coisas. E surpreendo-me na inocência que se desprende dos teus olhos. Porque sempre te falo de palavra solta e inteira, aberta na luz que a tua vontade me acende.
(É verdade, sim meu amor. Como poderia eu falar-te de coisas que pudessem ser outra coisa?
Só de sonhos e de voos e nesses teremos de deixar as asas crescer em casulos só nossos.)
E têm ainda a mesma língua que falavam os antigos. Fala das mesmas coisas.
Só me acrescento nelas. Quanto sou e me dás.
Que assim não se gastem, se multipliquem e sejam as que inventarmos ainda no que ainda quisermos ser.
E ainda não sabemos.
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