Não havia mais nada a fazer ou a dizer. Tudo era irremediavelmente tarde. E para além do possível.
Havia sempre aquela parte difícil em que ninguém gostava de estar e em que todos abotoavam a par com os seus fatos negros, os semblantes carregados. A condizer com as dores ( parecem-nos sempre negras as dores e o sangue é tão vermelho!) que vimos os outros chorarem. Porque as dores são rios a transbordar.
Há sempre alguma coisa de estranho nestes encontros. A recolha dos pedaços há tanto tempo perdidos no encontro de abraços atabalhoados entre esgares que não se definem. Choro ou riso. Partidas que reiniciam ciclos. Palavras ocas, a metro. Rituais que nunca se encaixam no que somos.
(Não somos feitos para acabar. Nada nem coisa nenhuma. A finitude não faz parte de nós. Se o fizesse, não saberíamos nós o que fazer dela?)
...
NB- hoje não tem fim o que escrevo. recuso-me a finais que não sei dar. ao fim que não sei ter. à dor que não quero ter!
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