Asas não tenho, pássaro não sou. E voo.
De pés rasos nesta terra em que raízes não crio porque daqui não sou.
Faço de mim outros que por mim vieram, corpo fecundo, e partirei ficando na semente indelével que um dia estéril não saberá de mim.
Até lá sou a que abre janelas e portas nas paredes ainda frescas que os dias levantam. Para caminhar.
Fazendo caminho com quem comigo vier, ou não.
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