terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

leitos de silêncios


e
deitam-se entre nós as
palavras
em leitos de silêncios.

descansam
a voz
na lisura que os teus
olhos plantam nos meus,
de espanto.

tudo se torna claro.

nesta ausência
de língua
que veste
os gestos.

traço nos teus lábios
a flor
que acorda o meu
peito
em pétalas de seda.

sabem-me a quanto de mim
tens
guardado.

resgato-me
agora.
para de novo ser

palavra
em ti.

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