acima de tudo
esta maresia.
um vento limpo no cetim das ondas
a varrer
o mar.
este cheiro que me entontece numa embriaguez
a que volto sempre.
e um olhar longe a tocar céus
que
vaidosos se enfeitam
nesta miragem
sem fim.
de tantos barcos, a viagem.
dos homens, o labor.
meu, o sonho.
mundo imenso de lágrimas
e risos
ainda por tanto tempo a fazer-se.
bravo e manso.
bravo e manso.
a beijar-me os pés. e a levar-me.
se eu quiser. se ele quiser.
acima de tudo
esta maresia
a que volto sempre.
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