abotoo a manhã com a preguiça dormente que a
noite empestada de suores me deixa
nos lençóis desbravados
por sonhos que não pedi.
nos olhos, a luz morna a incendiar-me
a vontade de me fazer dia.
e vou, neste mar, onde as ondas
se afogam em ritmada
monotonia,
acertar o pêndulo que, surdo,
carrego e às vezes nem suspeito.
ainda o dia amanhece e já
a noite me chama.
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