ter um colo na estendida noite a prolongar
prazos que parecem tão curtos
neste cansaço
onde se somam empoeiradas
memórias de solas gastas.
apagar as luzes que a claridade
em atrevidas frinchas atravessa
para ferir os olhos nestas manhãs
em que sobejam as cruzes que não conseguimos
enterrar.
já não têm perfume as rosas com cores opacas
que repousam na mesa da sala, mas ainda
sabem os nomes e conhecem as mãos
que as tocaram.
lembranças que não se vão
com um fechar de olhos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário