que te podia eu dizer, depois de todas
as luas,
deitadas num céu perdido
entre as palavras enredadas
em conversas sem sono,
na luz da manhã
estremunhada, quando o teu cheiro
me desperta os dias
que deixei adormecer?
vivo neste interregno, em que me
visito, porta adentro,
pelos meus próprios passos.
e onde minhas mãos,
ocupadas,
tacteiam as luzes
por acender.
um dia acordarei o sol.
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