deitámo-nos lado a lado.
e os olhos a sondar silêncios
na brancura dum tecto que sufocava
a palavra acesa
na mão que estendias
nas minhas pernas estiradas.
calei-ta. apertando-a na minha.
desprendeste os olhos
da lonjura
que se fazia em cima de nós.
e foi no rio dos meus
que afundaste todas
as perguntas.
já não falávamos com as mesmas
palavras. e todos os gestos
eram mudos.
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