quinta-feira, 10 de novembro de 2011

abracei-te



abracei-te ainda o céu era azul
como o mar em que se fundia
sem saber onde e como
como nós
um dia.

abracei-te em todos os dias
ainda que de ti
de gelo tão frio
ficasse
e afinal era sol que ainda fazia
em mim

abracei-te com mil cuidados
para que tudo em ti ficasse
e nada de mim
sobrasse
no que tinha
para dar

foi dos teus braços
que me perdi
quando lhes dei asas

que outra coisa não sei eu fazer.

abraço agora esta ausência
que me dói.

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