o desejo nas profundezas
da pele.
Longe dos afagos
dos teus olhos
e das carícias
das tuas palavras.
Na secura
destes tempos,
a fagulha desses dedos
faria em mim
a fogueira
que ainda em brasa arde.
vermelho sangue,
ferida aberta.
Muita água
correrá a apagar
este peito incendiado.
Deixa o vento soprar
as cinzas
a primavera brotar.
Nos primeiros botões,
o desejo em flor.
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