mesmo em noites escuras, com as mãos colher os momentos nos recantos polidos do tempo caído, do musgo a vestir as linhas que se escreveram da boca ansiosa com medo de se perder.
não importava sequer. corriam os olhos e toda a vontade num tempo maior. sorvia-se o ar como se fosse novo devagar como se uma luva se vestisse. um dedo de cada vez corpo adentro. e em vez de peso, leveza.
podiam partir e o dia acabar. ali acontecera a eternidade.
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