terça-feira, 8 de novembro de 2011

somos só nós


trocámos o amor por palavras,
feitas balas,
e não as sabemos calar.
carregamos a voz de amargura
onde o coração, ternura
se deixa armadilhar
somos os alvo e a arma, numa guerra
que nos vence
não somos deste país.
põe teus olhos nos meus e que lês, tu,
meu amor?
teus dedos nos meus lábios, que te dizem sem falar?
basta-nos
o silêncio dos gestos
na ausência das palavras
ao encontro do que fomos
de nada mais
temos falta.
baixa as armas.
somos só nós.

Um comentário:

  1. [quantas vezes seremos o país dos que amamos, sem linha de fronteira, horizonte presente e imaginário

    tão concreto, tão preciso dentro da palavra]

    um imenso abraço,

    Leonardo B.

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