não sei se os há. mas alguém inventou. no frio de corpos que sonhavam abraços. e de asas estendidas, com penas bordadas a pérolas de lua, fizeram-se nuvem no céu da amargura. em raios de luz poisaram no peito que a descoberto ainda sangrava. do novo, do velho, até da criança que por ali andava. e feitos pardais ou pombas talvez fizeram na terra os ninhos de vez.
é vê-los ao pão, migalhas que seja. importa o sorriso, as correrias, os voos e tudo de novo.
são anjos. e cobrem-se da pele que tiverem à mão.
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