calam-se os olhos e faz-se noite enquanto chove e o papel é pasta em outras mãos a modelar. nada mais. há quem não tenha sangue a correr na casa vazia, abandonada. sobra tinta em pincéis nas mãos dum pintor vadio.
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
em dias assim
na face exposta dos dias o eco some-se em sombras inquietas de corações recortados em papier maché amassado em colas a unir pedaços de gente com palavras acesas de lágrimas e risos. misturas agridoces a pingar dos mesmos rostos que a olhar se estendem nos abraços longos que os futuros negam no primeiro desencontro de lábios. e o sítio onde as palavras deixam de morar cala-se em azedas sílabas que cheiram a papéis rasgados e sabem só de silêncios opacos.
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