em futuros temperados no fogo lento dos dias, amanhados por estas mãos com vincos que não sei ler. nos desarticulados passos que nada sabem para além de caminhar, resta-me um caminho despido que cubro de ilusões e quedas por não saber parar.
ao ouvido, pendura-se uma melodia a segredar-me a luz com que atravesso a noite de todos os dias. guiam-me estrelas que não conheço e há vozes com línguas estranhas que me levam onde nunca fui a colher os sorrisos com que semeio as planícies onde me espraio.
tenho em mim um amanhã a desvendar-se. e todos os segredos cabem num olhar.
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