distante, estátua feita de pé
a olhar o mar como se mais nada houvesse.
um tempo parado na ausência
de si.
respirava a compasso da dança
ritmada
das ondas. e só.
era a batida
forte
que o despertava.
mas voltava.
ao mar.
onde queria ficar.
perdido no embalo sem rumo
de andar.
(da terra, as raízes alguém lhas
cortou
e um homem sem pés
não sabe
caminhar)
foi a quinta onda
que o levou
viram-lhe barbatanas
a crescer
e juram até que acenou
um adeus
que fez a onda
rugir
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