nas paredes nuas, os olhos cansados do tempo pasmavam nos seus. mirrados da água que lhos consumia.
gelavam-lhe as veias na falta de tudo quanto a memória alcançava e não tinha ali, os quadros, a escultura antiga, a fotografia, a primeira dos dois, e a velha máquina de escrever. não quis lembrar mais. não podia.
coubesse naquela caixa aquela tristeza e bastaria atar-lhe a fita, fazer-lhe o laço e enfeitá-la com a renda. talvez assim enmbelezada se fizesse alegria. talvez.
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