vi os teus olhos na maré baixa.
brilhantes, como só eles sabem ser.
peixes de asas como gaivotas num céu de escamas, a brincar.
de pés molhados, tracei na areia, caminhos que em ondas vinhas apagar.
subi ao casario.
perdido, procurava-me. e em todos os lados te encontrava.
no espanto aceso da carícia inesperada, na gargalhada da tropelia, no gesto simples da mão dada.
e o café que arrefece a esperar-te.
(eu sei, tu não prometeste nada.)
Nenhum comentário:
Postar um comentário