que ainda tardio se entregará nas mãos castradas
a suspirar o pão no gelo das noites
em que os olhos teimam em escutar nos ventos
a prece do tempo na batida imemorável de corações
cansados.
inocentemente, sem se dar conta
na ponta dum sorriso, na largura dum gesto
a aflorar ternuras onde a pele já não se entrega
a ninguém.
é destapar o segredo sem o pronunciar,
plantá-lo nos dias no fundo dos olhos
e de luz acesa fazer a fogueira de tempos melhores.
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