É a cruz que trazemos, traçada, abraçada
arrastada...
São teus os caminhos, menino. De joelho esfarrapado. Construtor de mapas em memórias a crescer.
Levanta a espada de cruz no punho. (Ai as cruzadas.) Vence fantasmas e ilusões. Meu herói, meu mundo a alargar.
E de passo a agigantar-se vais para longe. De ti não sei.
É das cruzes, dos tormentos. Do que levas, do que te dei.
Sou já velha nestas estradas. Mais antigas do que eu. Falam línguas doutros tempos. Ainda não as sei ler.
Vai menino, vagamundo. Vai por aí em demanda. Desmancha as cruzes e faz delas a fogueira que o meu e o teu corpo precisam para quentes se embriagarem.
Sempre te espero. Dedos cruzados. Braços abertos. Meu corpo ainda é a tua morada.
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