Lugares de silêncio e paragem. Estes onde agora estou.
Todos quantos por aqui passam se ausentaram daqui. Hoje, agora. Como se houvesse para mim uma hora marcada numa agenda que a ninguém é desvendada. A minha hora.
E embrulho-me nela. Sequiosa de todos os segundos que me cobrem a pele. Nada existe para além do que sou e tenho em mim. Esta vontade de serenar e de me olhar. De me cruzar com aquela que vive cá dentro aninhada.
Há tanto tempo que não lhe segredo o amor que lhe tenho! Tenho de lhe sarar as feridas, passar as mãos pelo cabelo e no meu colo, deixá-la pousar a cabeça sobre o peito deixando-a falar de tanto por dizer.
Só então irei daqui. Tranquila. Em comunhão.
Fazer caminho é meu destino.
Sou aquela que dentro de mim viaja. O resto é corpo nada mais. Arca andante de preciosa carga.
Tesouro maior, viverá mais além.
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