nas noites quentes,
procurando
alívio no estertor
dos dias.
sentem-lhes o pulso
fraquejar e o peito
arquear
num ruído
que só os seus ouvidos têm o dom de ler.
deitam-se então
nas horas fartas
de luz,
cobrem-se do manto espesso
dum silêncio
a crescer por entre esquinas
e ruas sem destino.
fabricam sonhos,
(operários de olhos
cavos.)
que todas as noites
se repetem
um de cada vez
em tantos que somos
nós
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