de orvalhos
que te lamberam os olhos.
agora fechados.
e arrepiar os passos
da pressa
com que correm
desmedidos.
olhar o chão que já pisámos
tantas vezes
em cegueiras dum sol
a queimar
os dias.
sôfregos de madrugadas
onde éramos outros.
esquecidos
de nós.
em cada instante
a acontecer.
agora, já.
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