mesmo que não sejas mais quem és
agora
que empalideça esse brilho
a luz onde tudo gira
e borboletas fossem
os que te
importam
mesmo
que ao cair da noite
sejam outras estrelas
o brilho que anseiam
a guiar
os olhos
e nas tuas mãos te deixem o frio
das palavras mortas
há sempre quem fique no fechar
das cortinas,
mesmo
que o cheiro de pó se instale
nas narinas,
sabemo-lo nosso
e não o rejeitamos,
damos-lhe a mão, cúmplices.
dum futuro a desabotoar-se
devagar
despindo as roupas com que agora
se tapa
em mistérios dum devir anunciado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário