e quando de amor se sente a ferida, também a dor se alivia ao gritar
inventam-se na aridez da voz e no cansaço dos olhos razões para abraços.
procuram-se vestígios que ontem anunciavam o desejo de eternos serem.
acende-se a luz ainda agora na ponta dos dedos à flor da pele
e o amor assenta na pele nova que cresce curada.
de outra forma, a gangrena abriria as portas a mortes que o amor não deseja ainda.
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