quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

o mundo

ao ombro pendurou a lua
em forma de quarto crescente
num tempo de coisas maiores.
dos olhos caiam estrelas,
luzeiros de manhãs
inventadas

no peito corria um rio
feito de palavras
a pingar de lábios
que na boca se faziam.

dos braços cresciam árvores
onde semeava pássaros
em ninhos a despontar
nos gestos

nos pés calçava sorrisos
que acordavam
em cócegas quando tocavam
o chão

e foi assim feito mundo
que o vi
quando me olhei.

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