quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

ninguém ainda tinha visto

ninguém ainda tinha
visto
mas todos já
conheciam.

sabiam do cheiro
a contar histórias
no suor dos rios.

das conchas
nascidas de seixos
enfeitados
pelas correrias
e quedas
da água que viam
brotar.

de serem gigantes
os peixes
maiores que a gente
e as margens
onde se fazia
o caminho.

e que outros
navegavam em barcos
que nem casas
esse rio feito
mar

que era o céu ao contrário
tinha ondas como nuvens.
e vaidoso como era
roubou-lhe as cores
também.


foi assim que me contaram
enquanto
espreitavam
o céu.

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