fiz-me casa,fiz-me ombro,
era regaço e abrigo.
e deles sempre fugias.
desabitada, gelava
no deserto das palavras
que
plantavas
entre nós.
nos braços que te
estendia,
armavas a vela maior
no vendaval do teu peito
navegavas outros
mares
meu amor,soubesse eu
das artes
de marinhar
e seria barco,
apenas.
afundo agora meus olhos
no sal
de tanto mar.
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