naquele concerto
demos as mãos pelo tempo todo.
alongando-o
para além de nós.
lembro-me dos sons, marcados na pele,
vermelho sangue.
teus dedos nos meus
e o coração num ritmo igual.
fitavas-me os olhos
e a letra da música era feita
a dois.
não víamos os outros
que não sabiam de nós
sozinhos
ali
e tanto para improvisar.
depois
a noite no rosto
o silêncio no ar.
és tu que te vais
sem me levar.
tanta gente, tanta gente!
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