sábado, 31 de dezembro de 2011

tanta illha

e fora o buraco,
o aviso da ida.

a presença em viagem
sem o aceno da mão

esqueceram-se as coisas
enroladas na língua
que lágrimas macias
pintam em bilhetes

arabescos
tontos de entendimento
desfeito.

e das mãos, carícia
e memória ainda
dum corpo inteiro
ilha, onde
antes repousava,
faço barco
e ergo vela

há ainda tanto mar
tanta ilha
onde aportar.

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